Não é novidade nenhuma para ninguém dizer que Oliveira de Azeméis é um dos concelhos mais industrializados do país. Segundo os números apresentados pela AECOA (Associação Empresarial do concelho de Oliveira de Azeméis), encontram-se “registadas” no nosso concelho um total de 1920 empresas distribuídas pelo território das nossas dezanove freguesias. Destas, 7 são referenciadas como grandes empresas, 92 médias, 520 pequenas e 1301 micro-empresas. Números reveladores da forte iniciativa privada existente no nosso concelho e do forte empreendorismo dos nossos empresários. Estas empresas, que se distribuem pelos sectores primário, secundário e terciário da actividade económica deste país, embora o sector mais pujante seja o sector da actividade industrial, empregam um total de 26 638 trabalhadores. Este é, sem dúvida, o grande motivo de orgulho oliveirense, um tecido empresarial forte, quer em quantidade quer em qualidade, o grande motor de criação de riqueza no nosso concelho que faz com que, tenhamos em Oliveira de Azeméis uma das mais baixas taxas de desemprego do nosso país.
É reconfortante saber, que num concelho com a dimensão do nosso, a ratio eleitores / trabalhadores nas nossas empresas é de cerca de 50% destes em relação àqueles – um facto que nos discrimina pela positiva em relação aos restantes 307 concelhos deste país. Mas, como por cá não reina nenhuma Isabel, Rainha nem Santa, nem tudo são rosas caros leitores, há muitos espinhos há três décadas plantados e de laranja pintados.
Em 1995, foi aprovado o PDM do nosso concelho. Em Março de 2003, é decidida pelo executivo camarário, a revisão do PDM, oito anos após a sua entrada em vigor! Aquando desta tomada de decisão, é referido pelo, já então presidente Ápio Assunção que é necessário adaptar o PDM á nossa nova realidade e conformá-lo com a legislação nacional entretanto publicada, nomeadamente em matéria de ambiente. Nessa mesma altura é referido que os Planos de pormenor inicialmente previstos, num total de 16, estavam em fase de avaliação. Destes, vários eram de zonas industriais (Santiago de Riba-Ul, Cesar, Fajões, Cucujães, Loureiro, Carregosa, Pindelo) e ainda o Plano de Urbanização da cidade; nessa mesma altura (2003), disse ainda o nosso presidente da Câmara que o Plano de Urbanização da cidade estava em fase final de conclusão. Vivendo os dias de hoje, parece mentira que alguém, com responsabilidades, então como hoje, possa ter dito isto, mas não é! E também não é brincadeira de 1 de Abril porque estamos em Novembro! Pode parecer “bruxedo”, mas também não é, porque já lá vai o hallowen! Lamentavelmente, é verdade e uma verdade que pode ser consultada nas actas do executivo da altura e, nos vários jornais regionais daquela data!
Estamos no final de 2008, e o PDM há 5 anos em revisão e há 13 em vigor, continua sem estar revisto. Planos de pormenor, são apenas pormenores de papel que nunca vieram à luz do dia e quanto ao Plano de Urbanização da cidade, foi a proposta da equipa técnica encarregue de o elaborar, chefiada pelo ilustre Professor Jorge Carvalho, conhecida este ano há uns meses atrás na Assembleia Municipal, tendo sido prometido nessa altura que voltaria, ainda este ano, para ser reapreciada após alguns ajustes. É certo que o ano ainda não acabou, mas falta pouco e, até agora nada!
Não fossemos nós oliveirenses, seria difícil de acreditar que um concelho com este tecido empresarial, não tenha uma única zona industrial planeada, projectada, pensada e criada para o efeito, tanto mais que vivemos no século XXI e já por nós passaram três quadros comunitários de apoio e muitos milhares de milhões de escudos e euros para que, por cá, tudo ficasse na mesma, no que ao investimento público autárquico toca.
Não vivêssemos nós esta realidade e os nossos empresários não a sentissem na pele, e teríamos muita dificuldade de achar possível que um qualquer executivo camarário, este ou todos os anteriores, nem a pensar no volume de receitas que uma atitude diferente geraria pudessem agir diferente. É bom de ver que Zonas industriais, atraem mais investimento e investimento mais diversificado; que mais investimento cria mais postos de trabalho reais; que cria riqueza; que criando riqueza e lucro é tributável por via de IRC; que criando IRC, é taxado por via da Derrama – e é certo que a derrama, reverte toda para os cofres do município; que, o desenvolvimento da actividade industrial cataliza o desenvolvimento dos sectores primários e o do comércio e serviços porque potencia o aumento do poder de compra; que este, por sua vez gera novos mercados, etc., etc.!
Não fora toda esta inércia dos que, por cá nos têm governado e todos teríamos ganho, todos estaríamos melhor. Estamos hoje no ponto, e com muita tristeza o reconheço, de que partiram, há mais de uma dúzia de anos atrás, muitos municípios de interior, a quem alguns de nós apelidaram de “serranos” e que há muito nos ultrapassaram no que toca a desenvolvimento público, sem ainda hoje nos chegarem aos “calcanhares”, no que ao investimento privado diz respeito.
Isto é política e, em política não há milagres, portanto de nada nos serviria ressuscitar a nossa Rainha Santa. Resta-nos mudar a política e os políticos. Temos que recuperar a ambição colectiva de que apenas o poder público pode ser o motor, se ainda queremos recuperar, embora já com muito atraso, o protagonismo regional que há muitas décadas já tivemos e a que temos direito. Recuso a inevitabilidade e a falta de ambição de todos aqueles que, incapazes de mais, se regozijam com o pouco, quase nada feito. Não aceito a fatalidade dos que acham que os políticos são todos iguais e que, chegado aqui, jamais será possível fazer melhor. Ousadia, inovação, gestão, competência, responsabilidade, poder de iniciativa, mudança, tudo atitudes e factos que, por cá fazem falta e que “rimam” com investimento, apesar da fonética mais próxima do alheamento… Isto já todos vimos o que deu – e é mau!
É reconfortante saber, que num concelho com a dimensão do nosso, a ratio eleitores / trabalhadores nas nossas empresas é de cerca de 50% destes em relação àqueles – um facto que nos discrimina pela positiva em relação aos restantes 307 concelhos deste país. Mas, como por cá não reina nenhuma Isabel, Rainha nem Santa, nem tudo são rosas caros leitores, há muitos espinhos há três décadas plantados e de laranja pintados.
Em 1995, foi aprovado o PDM do nosso concelho. Em Março de 2003, é decidida pelo executivo camarário, a revisão do PDM, oito anos após a sua entrada em vigor! Aquando desta tomada de decisão, é referido pelo, já então presidente Ápio Assunção que é necessário adaptar o PDM á nossa nova realidade e conformá-lo com a legislação nacional entretanto publicada, nomeadamente em matéria de ambiente. Nessa mesma altura é referido que os Planos de pormenor inicialmente previstos, num total de 16, estavam em fase de avaliação. Destes, vários eram de zonas industriais (Santiago de Riba-Ul, Cesar, Fajões, Cucujães, Loureiro, Carregosa, Pindelo) e ainda o Plano de Urbanização da cidade; nessa mesma altura (2003), disse ainda o nosso presidente da Câmara que o Plano de Urbanização da cidade estava em fase final de conclusão. Vivendo os dias de hoje, parece mentira que alguém, com responsabilidades, então como hoje, possa ter dito isto, mas não é! E também não é brincadeira de 1 de Abril porque estamos em Novembro! Pode parecer “bruxedo”, mas também não é, porque já lá vai o hallowen! Lamentavelmente, é verdade e uma verdade que pode ser consultada nas actas do executivo da altura e, nos vários jornais regionais daquela data!
Estamos no final de 2008, e o PDM há 5 anos em revisão e há 13 em vigor, continua sem estar revisto. Planos de pormenor, são apenas pormenores de papel que nunca vieram à luz do dia e quanto ao Plano de Urbanização da cidade, foi a proposta da equipa técnica encarregue de o elaborar, chefiada pelo ilustre Professor Jorge Carvalho, conhecida este ano há uns meses atrás na Assembleia Municipal, tendo sido prometido nessa altura que voltaria, ainda este ano, para ser reapreciada após alguns ajustes. É certo que o ano ainda não acabou, mas falta pouco e, até agora nada!
Não fossemos nós oliveirenses, seria difícil de acreditar que um concelho com este tecido empresarial, não tenha uma única zona industrial planeada, projectada, pensada e criada para o efeito, tanto mais que vivemos no século XXI e já por nós passaram três quadros comunitários de apoio e muitos milhares de milhões de escudos e euros para que, por cá, tudo ficasse na mesma, no que ao investimento público autárquico toca.
Não vivêssemos nós esta realidade e os nossos empresários não a sentissem na pele, e teríamos muita dificuldade de achar possível que um qualquer executivo camarário, este ou todos os anteriores, nem a pensar no volume de receitas que uma atitude diferente geraria pudessem agir diferente. É bom de ver que Zonas industriais, atraem mais investimento e investimento mais diversificado; que mais investimento cria mais postos de trabalho reais; que cria riqueza; que criando riqueza e lucro é tributável por via de IRC; que criando IRC, é taxado por via da Derrama – e é certo que a derrama, reverte toda para os cofres do município; que, o desenvolvimento da actividade industrial cataliza o desenvolvimento dos sectores primários e o do comércio e serviços porque potencia o aumento do poder de compra; que este, por sua vez gera novos mercados, etc., etc.!
Não fora toda esta inércia dos que, por cá nos têm governado e todos teríamos ganho, todos estaríamos melhor. Estamos hoje no ponto, e com muita tristeza o reconheço, de que partiram, há mais de uma dúzia de anos atrás, muitos municípios de interior, a quem alguns de nós apelidaram de “serranos” e que há muito nos ultrapassaram no que toca a desenvolvimento público, sem ainda hoje nos chegarem aos “calcanhares”, no que ao investimento privado diz respeito.
Isto é política e, em política não há milagres, portanto de nada nos serviria ressuscitar a nossa Rainha Santa. Resta-nos mudar a política e os políticos. Temos que recuperar a ambição colectiva de que apenas o poder público pode ser o motor, se ainda queremos recuperar, embora já com muito atraso, o protagonismo regional que há muitas décadas já tivemos e a que temos direito. Recuso a inevitabilidade e a falta de ambição de todos aqueles que, incapazes de mais, se regozijam com o pouco, quase nada feito. Não aceito a fatalidade dos que acham que os políticos são todos iguais e que, chegado aqui, jamais será possível fazer melhor. Ousadia, inovação, gestão, competência, responsabilidade, poder de iniciativa, mudança, tudo atitudes e factos que, por cá fazem falta e que “rimam” com investimento, apesar da fonética mais próxima do alheamento… Isto já todos vimos o que deu – e é mau!
Helena Terra. Artigo publicado no jornal "A Voz de Azeméis" a 13 de Novembro de 2008.
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